terça-feira, janeiro 31, 2006

Ao meu avô


Surdo, Subterrâneo Rio
Surdo, subterrâneo rio de palavras
me corre lento pelo corpo todo;
amor sem margens onde a lua rompe
e nimba de luar o próprio lodo.
Correr do tempo ou só rumor do frio
onde o amor se perde e a razão de amar,
surdo, subterrâneo, impiedoso rio,
para onde vais, sem eu poder ficar?
Eugénio de Andrade
P.s - Faz hoje 4 anos que partiste, em mim, sinto tanta tristeza e saudade.
Um beijo da neta do meio que sente muito a tua falta...
Ficarás para sempre no meu coração.
Paula Catarina

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